sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Encontro, Encanto e Engano

Vejo você e o tempo para.
Nunca sei ao certo se é o seu olhar
Ou o meu perdido no seu, que me transpassa.
Dançamos entre braços, pernas e cheiros.        
Falamos uma língua nossa, criada sem palavras
Um tempo sem horas, sem nada lá fora.
Perco-me em nós e você me acompanha.
E engana-se, engana-me, arranha-me a pele
Entra em mim, preenche-me,
Inverte a velha ordem.
Depois o alento saudoso da despedida anunciada
Tentativas vãs de prolongar até o sem fim o encontro.
Querer ser mais, tolos amantes,
Capazes de não perceber o por vir.
E mais uma vez adeus, até logo, eu sei, mas adeus.
Mais uma vez partir, partidos por dentro.
Mais uma vez perder, o que não deixamos de querer.

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