segunda-feira, 1 de outubro de 2012

- Fique Bem, Viu? Mas, Fique Aqui

Foto de Internet



Há algum tempo você chegou
Eu, ressabiada dos desencontros ainda recentes,
Não dei o devido crédito.
Deixei você chegar de mansinho
Surpreendendo-me pouco a pouco.
Um gesto, um olhar, um sorriso...
Sendo contraponto e também base
Rindo o meu riso e chorando meu pranto
Acreditando nos meus planos
Sonhando meus sonhos
Transformando em nós, nosso, sempre.
Brigando comigo, brigando por mim.
Sendo forte, firme e mansa
Soltando minhas amarras,
Mostrando aquilo que eu ainda não vi.
- Fique bem, viu? Mas, fique aqui...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Sua Voz




Avenida do Parque Schloss Kammer - Gustav Klimt

Sua voz... a minha primeira voz
A voz que me chamou à vida
Eu dentro e você dizendo meu nome
Sua voz se perdeu em mim
Ficou distante, e de repente se fez silêncio
Mas um silencio tão cheio de você
Que sufoca a saudade e faz de mim parte de você
Eu deixo você ir,
E hoje sua voz fala em mim.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Meu Novo Canto



 Memória Fora Da Cabeça/Uma Chamuça na Casa da Cascata - Os Gêmeos



Meu coração pulsa pelo canto novo
Os velhos hinos já não arrepiam minha pele
Eu quis cantar a alma aberta
Liberta de toda rima ou métrica
Meus sons foram sentidos tão diferentes
Do que eu senti ao emiti-los
Como me fazer entender?
A dança é feita de instinto
E o meu, me preserva
E assim, sigo abrindo caminhos
Por onde meu novo canto me leva.



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Não Se Explica




Danae - Gustav Klimt


E há o que não se explica,
Só um olhar que em silêncio percorreu minha alma.
Fui vista como nunca antes,
E eu a reconheci.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Sem Mais

As Banhistas - Paul Cézanne

Muitas vezes, o acaso vem para nos distrair
Assim, como quem não quer nada
Até nos rouba um sorriso
Mas não tarda e logo deixa claro
Que é só mais do mesmo,
O antigo já não encontra abrigo.
Sem mais...
Não mais.

domingo, 9 de setembro de 2012

Caminhos do Além



Cupido Dormindo - Caravaggio

Meus sonhos me levaram por tantas terras,
Meus pés, por vezes se cansaram.
Andei, como quem faz do sonho alimento maior da alma.
Mas hesitei ao vê-los tomarem formas turvas
Tentei acordar, viver a dita realidade
Esta comum aos de olhos vazios
Sou feita de coisa além de pó
O sopro inicial ainda percorre minhas entranhas
Sou ancestral, descendente.
Quando não sei, intuo.
Aprendo de olhar
E vejo além, além de mim.