segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Na Floresta

Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro - Arquivo Pessoal 


Na floresta gosto de segui-la,
Assim ela mostra o caminho.
Falamos enquanto caminhamos,
Observamos cada pequeno detalhe do caminho,
Por vezes calamos.
Gosto de vê-la andando,
Gosto de sentir-me desafiada,
Do corpo em contato com a terra e
Todos os cheiros do mato.
É mais um de meus feixes de contradições,
Não sigo roteiros e
Crio minhas regras.
Sou atenta ao que ela diz,
Aprendo de olhar.
Entramos em uma trilha muito fechada,
Há muito não usada.
Ela diz que o fim compensa o caminho.
Não duvido.
Chegamos ao topo, uma pequena clareira e um precipício.
Lá embaixo a cidade.
Perco-me admirando a vista,
Viro e ela já está nua.
Gosto de vê-la nua,
Mais ainda num cenário tão especial.

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