sábado, 15 de outubro de 2011

Verdades

“A arte evoca o mistério sem o qual o mundo não existiria”, René Magritte


O futuro de um homem é o seu caráter.
Repetida inúmeras vezes a frase ia de sentença à alento. 
Nunca temeu o futuro de fato,
Quando receou foi por pensar no que haveria entre o agora e o tal futuro tão distante.
A verdade esteve lá na maior parte do tempo.
Quando não, lamentou.
Não que ser bom e honesto fossem garantias de um céu no futuro,
E sim por ter aprendido com seus passos tortos,
Que a tão exaltada verdade trazia em si uma simplicidade sábia.
Com o tempo reconheceu em si alguma sabedoria,
Daquelas que não se encontra de outro modo
Que não, a atenta observação de si e dos outros.
Isto fez com que o medo perdesse espaço para algo ainda não nomeado.
Ainda sobre a verdade, sempre achou de mal tom subestimar a inteligência dos outros.
 Tinha tanta facilidade em fazer-se de tolo que diante de um,
Duvidava sempre.
Sentia-se constrangida quando o mundo lhe mostrava mentiras vãs.
À troco de que contar-me suas meio verdades?
Só para logo adiante fazer-me ver o embuste?
Para que gastar tanta energia quando uma curta verdade,
Nem tão dura nem tão doce teria melhor efeito?

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