Palco do Tetro Municipal do Rio de Janeiro - Rafaella Schumann
Gente muda, se não muda é porque finge.
Abafa a mudança, para não ter trabalho de lidar com o novo.
E surpreende-me o estranhamento, que essas mudanças causam.
Como se não fosse natural, à toda gente, mudar seu caminho. E é, não é?
E o que fazer com o que ficou?
Eu deixo entrar pela pele, olhos, boca.
Deglutindo tudo, digerindo tudo,
Expelindo o que não serve-me mais.
Alimentando-me do mundo.
Libertando-me do mesmo.
Libertando-me da mesmice, da repetição.
E não confundam isso com a rotina, nada contra a rotina!
Uma coisa ou outra, contra aqueles que,
Perdem-se em frustrações.
Quero uma coisa à toa,
Um sonho sem roteiro final.
Uma ode à improvisação.
O que é a vida senão um ensaio aberto?
Pois bem, eu subo no palco!
Não faço-me de rogada.
Sei meu personagem de forma stanislaviskiana.
De dentro, da motivação.
Sinto o meu pulsar.
E abrem-se as cortinas.
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